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11 de fevereiro de 2011

Social-brutalização


Toda criança traz em si um poço de potencialidades. Toda criança precisa de liberdade para reconhecer e amadurecer a sua elasticidade. Precisa ser respeitada e sentir-se incentivada a abusar da imaginação. Não tolhida. Muito menos reprimida em sua criação. Toda criança traz consigo aptidões, desejos e vontades que precisam ser descobertas. Falta aos adultos tão somente a percepção. Toda criança acaba aprendendo muito mais sozinha do que com a pura repetição. Cansa-se fácil, entedia-se, pois estão sempre querendo lhe impor alguma obrigação. Toda criança tem algo que suplanta a simples curiosidade. Tem afinidade com a desbravação. Vive cada dia como único e não há nela nada que destrua a sua motivação. Criança chora porque sente o mundo à sua volta. Desabrigada, necessita de atenção. Sorri quando algo lhe faz sentido. Altera – de alguma forma – a sua representação. Ensinam à criança a jogar; ela reluta, insiste em desviar a atenção. Mas são poucas as crianças que – crescendo – conseguem se safar: o mundo cobra; exige essa posição. Marginalizada, a criança ainda busca alternativas. Começa a interpretar a sua situação. Descobre que sozinha terá que caminhar – cair e levantar – numa tentativa de se aproximar da humanização.

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