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18 de fevereiro de 2011

Sustentabilidade


A mais nova sensação é a flexibilidade. A fuga e a esperança na e pela variedade. Fazer muitos contatos, mas se esquivar da própria conectividade. O termo da vez talvez seja a diversidade. Aceitar o outro em todas as suas particularidades, mas se negar, fugindo sempre das próprias vontades. A moeda corrente é a que traz estampada as faces da impessoalidade e da frugalidade. Necessárias àqueles que muitas vezes prorrogam suas mais intrínsecas responsabilidades. O que seduz é a precariedade, a ruptura com as bases de nossas personalidades. Tal como prescrito nos reclames da hiperatividade. Trágica e soberba civilidade! Como se não fossemos nada além de vaidade. Membros de uma espécie forçados à insaciedade. Sinceridade?! Honestidade?! Todas essas qualidades despertadas pelos gostos e pelas sensibilidades das singularidades. Às vezes as percepções balançam. Hesitam. As dúvidas surgem e os seres imaginam. Acreditam. Clamam por dignidade. Carentes, sonham com parceiros na unidade. Amigos que se cansaram de todas essas previsibilidades. Probabilidades que não se realizam na e através das caravanas das utilidades. Apesar de todos os prêmios e compensações, se abstêm. Descobrem mais um tipo absurdo de competitividade. Optam por outras vias de continuidade. Além das diferenças, vêem fragilidades e potencialidades. Sobrevivendo como um todo em busca de alguma finalidade. Orgulho e violência. Virtude e sacrifício. Fraturando nossas impressões. Engessando nossas ações. Colocando-nos em repouso e observação, para que, em nossas investigações, possamos ao menos, acabar com nós mesmos. Na mais profunda cumplicidade.

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