Páginas

6 de junho de 2013

Juras?

Nunca mais amaria
Aquela fora a última vez
Entregara-se todo
E do seu amor, feito barco,
Viu só os destroços
Numa ressaca forte
Que o trouxe a um longínquo porto

Não!
Era assim que seria
Aquela que lhe fizera bolo
Abrira-lhe os olhos
Despertou o coro
De suas entranhas
Sugerindo-lhe que até o mar
Encontrava-se morto

O Ideal fatal
A ajuda, os sonhos, os sonos
O despertar tranquilo
O caminhar incômodo
De um poema solto
Num presente de mentira
Para um objeto que se sentia tonto

Elipses de ondas, algas,
Estrelas, estrondos
Feto apodrecido
No calor
No frio
Daquele que não passou
De um complemento roto

As escusas confusas
Conduziram as rugas
As juras, as mágoas e os vômitos
Para um canal
Que havia muito
Não se abria ao canto
Encontrou-se novamente mudo
Num universo surdo

Aos seus lamentos de animal desejoso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário