É
necessário dizer vários bastas. Não porque isso é ditado por alguma lei
que, caso seja desobedecida, acarrete alguma punição. Não porque isso é
agir conforme a vontade de algum deus que nos garante alguma
compensação. Não. Isso deve partir do nosso coração, da nossa vontade.
Deve ser com convicção. Para isso, é fundamental educarmos nossos
pensamentos e sentimentos apoiados em evidências e não em
fantasmagorias, como comumente vem acontecendo. É fundamental que
tenhamos coragem para questionar nossos dogmas, repensar nossos tabus e
enfrentar nossos medos mais terríveis, se realmente quisermos construir
uma moralidade que tenha como finalidade a felicidade humana no decorrer
de nossa vida. Contribuintes passivos. Resistindo aos fatos.
Falsificando as histórias. Confiscando as possibilidades de sairmos de
nossa arrogância tão bonita. Torturando-nos para que possamos afugentar
nossa memória e reproduzirmos nossas próprias mentiras. Por que, dessa
forma, evitamos os mais diversos atritos? A controvérsia é
imprescindível, especialmente quando o assassinato da honestidade é
saudado como a alternativa para escapar dos problemas mais debatidos. A
velha fórmula, com outros atores, num novo contexto, um pouco mais
esclarecido. Mantendo o aprendizado genético, ambiental e sócio-cultural
excluído. “É claro que a inteligência humana gerou nossos problemas,
mas não é a ignorância que pode nos ajudar. Devemos buscar outro tipo de
inteligência, que se fie, principalmente, na gentileza, na consideração
e na sinceridade”. E não nessa confusão toda que criamos para dizer que
somos o que não somos. Invencíveis. Infalíveis. Inesquecíveis. Tal como
máquinas, que não precisam olhar para seu próprio conformismo.
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