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3 de junho de 2011

Russell

    É necessário dizer vários bastas. Não porque isso é ditado por alguma lei que, caso seja desobedecida, acarrete alguma punição. Não porque isso é agir conforme a vontade de algum deus que nos garante alguma compensação. Não. Isso deve partir do nosso coração, da nossa vontade. Deve ser com convicção. Para isso, é fundamental educarmos nossos pensamentos e sentimentos apoiados em evidências e não em fantasmagorias, como comumente vem acontecendo. É fundamental que tenhamos coragem para questionar nossos dogmas, repensar nossos tabus e enfrentar nossos medos mais terríveis, se realmente quisermos construir uma moralidade que tenha como finalidade a felicidade humana no decorrer de nossa vida. Contribuintes passivos. Resistindo aos fatos. Falsificando as histórias. Confiscando as possibilidades de sairmos de nossa arrogância tão bonita. Torturando-nos para que possamos afugentar nossa memória e reproduzirmos nossas próprias mentiras. Por que, dessa forma, evitamos os mais diversos atritos? A controvérsia é imprescindível, especialmente quando o assassinato da honestidade é saudado como a alternativa para escapar dos problemas mais debatidos. A velha fórmula, com outros atores, num novo contexto, um pouco mais esclarecido. Mantendo o aprendizado genético, ambiental e sócio-cultural excluído. “É claro que a inteligência humana gerou nossos problemas, mas não é a ignorância que pode nos ajudar. Devemos buscar outro tipo de inteligência, que se fie, principalmente, na gentileza, na consideração e na sinceridade”. E não nessa confusão toda que criamos para dizer que somos o que não somos. Invencíveis. Infalíveis. Inesquecíveis. Tal como máquinas, que não precisam olhar para seu próprio conformismo.

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