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16 de junho de 2011

Lisandra

É verdade, nós ficamos ouvindo músicas enquanto as brasas vão assando as carnes. Às vezes, sonhando acordados com algo que foi possível ser imaginado. Naquele momento, naquele instante, com aqueles elementos que acabaram sendo associados. Falamos sobre bandas, sobre músicos, discos, épocas, gêneros, instrumentos. Durante horas, dias, meses, anos, só pelo gosto, pela vontade de descobrir os seus fundamentos. De onde, afinal de contas, vêm todos esses sentimentos-pensamentos. Essa necessidade de representar a vida para entendermos o sofrimento. É verdade, nós ficamos muitas vezes de cabeça baixa, um pouco distantes do acontecimento. Sempre que uma melodia, uma nota, uma frase ou até mesmo uma palavra nos convida a balançar. Muitas vezes naufragar nas águas que não vemos. Para depois voltar. Aprender mais um pouco sobre nossos comportamentos. Valorizar. Distinguir. Escolher o que queremos para nossas vidas, independente dos preceitos. Especialmente quando há longos invernos. Dentro de nós mesmos.

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