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8 de novembro de 2013

Protesto

        Sou grato por ter convivido com pessoas descontentes. Que me apresentaram uma nova possibilidade de ver os fatos. Refiro-me ao direito de ter dúvidas, de levantar questionamentos, de manifestar-me individual ou coletivamente. Sou grato porque desconfio dos valores vigentes. E sei que preciso me expressar para exercitar o meu direito de ser. Um homem. E não uma cópia. Dentre outras cópias que deixam de lado suas vidas porque acham que as escolhas dos outros sejam mais prazerosas e, só por isso, mais inteligentes. Sou grato por ter sido apresentado desde que era um adolescente ao rock 'n' roll e à literatura. Esses gêneros que muitas vezes fazem com que a gente se lembre de que a revolta, o não assentimento, a crítica constante também compõe a gente. E que sem estas atitudes de protesto, que provém dos sentimentos, não haveria outras escolhas a não serem aquelas que os outros fazem para a gente. Pão e circo até quando cidadãos interligados desta dependência? Democracia não se resume a votar, pagar impostos, checar as fofocas nas redes sociais ou cumprir as leis!

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