Páginas

17 de setembro de 2011

Ternura

Tão sincero este seu jeito. Não há complexidade em sua simplicidade. Você fala calada, se expressa sem excessos de palavras, de gestos ou de contatos. Só, porque sempre soube que estaria só e não seria só. Desde o seu cultivo, passando pelo local onde foi exposta e escolhida com uma simbologia associada, até chegar num dia tão quente aqui nesta casa. Você sorri e eu vejo, sinto, sei que seu sorriso é terno. Chora para fora e para dentro, inundando a terra, apaziguando a alma. Aceita minha ajuda, não se zanga com meus cuidados desajeitados. Tão próxima. Tão distante. Floresce. Carece. Transcende. Necessita. Entrega-se. Cede. Vive. Não deixa. Mantém-me. Em conjugação com todo o planeta. Você não é minha, Ternura. Você é fruto de vários atos de delicadeza. De toda uma natureza em busca dos verdadeiros sentimentos. Uma lembrança. Deste mundo que se esconde cada vez mais para dentro. Uma promessa. De um ser. Que, como todos nós, para pertencer, precisa de carinho para melhor se desenvolver. Perdão por não encontrar outro jeito de lhe acolher. Sou tão estúpido que sempre exagero ou negligencio meu amor por você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário