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10 de abril de 2020

não há nada

Só necessidade. Instinto de sobrevivência e vontade para seguir. Procurando levar alguma vantagem. Razões e motivações alucinadas. Convencidas da obrigatoriedade da resignação à escravidão voluntária. Tentando esquecer. Esquecendo-nos pelos bares, igrejas, templos, casas. Ruas, praças, shoppings, zonas, hospitais psiquiátricos. Salas de aula, de espera. Superlotadas. Cenas e celas infectadas. Todo e qualquer lugar capaz de espremer nossas humanidades. Chutando-as para lugares onde não possamos encontrá-las. Depois de feitos os milagres. Não há nada. Só essa busca desenfreada. Pela salvação. Pelo status do corpo e da alma. Quebra-cabeças com peças que não se encaixam.

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