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30 de abril de 2013

Desenho animado

Eu sou um monstro e, como todo bom monstro, eu faço monstruosidades. Atormento a vida das pessoas. Emporcalho a cidade. Eu restauro o desconforto. Provoco o embaraço. Não trago esperança. Muito pelo contrário. Deixo o caos reaparecer no horizonte da vontade. Recoloco a tensão. Destranco os cadeados. Desfaço, sem culpa, os laços que as leis garantem assegurados. Aterrorizo. Expresso a incoerência, a carência de evidências das crenças mais arraigadas. Derrubo as estacas que cercam o campo das possibilidades. Sem dó nem piedade. Para o sentir. O pensar. E o agir que se sabem perecíveis. Não aceitarem como realidades, verdades ou normalidades somente os fatos que lhes forem mais favoráveis. Esconder-me e esconder-se não conseguem aliviar. Qualquer um pode constatar.

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