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23 de fevereiro de 2013

Não, seu impostor!

Contente-se com o que lhe é oferecido. As promessas que não podem ser cumpridas. Pois, caso o fossem, cortar-se-ia a eficácia da magia. O desejo de posses deveras difundido. As técnicas para que os produtos para a diversão circulem e sejam adquiridos. Reproduzindo os benefícios para os que desconfiam. Todos, ricos e pobres, abdicam. Permitem que as verdadeiras conquistas de nossos ancestrais para melhorar a vida se transformem em vilania. Indivíduos, massas, sujeitos que quase não se lembram do que sonham ou sonharam, porque se autodefendem dormindo. Da brutalidade que a todos atinge. Dos inúmeros artifícios que usam, mas que não necessitam. Cheios de gana praticam a política do pão e circo. Tão frágil, tão despreparada, diante de uma investida crítica. Isso porque o processo criativo – não essas marmeladas que pipocam de tempos em tempos pela mídia – também é entendido como um crime que deve ser reprimido com todas as forças disponíveis. Adaptação às cenas deste filme que quer equiparar interpretações particulares em único modelo de vida coletiva. Aqui, vulgar é aquele que não se entretém. Que não sai às ruas com sua imaginação saturada de efeitos especiais à espera para abocanhar todas as bilheterias. Para uma nova quase intervenção. Das fatias que vão abrandando, com o apoio das celebridades, os desastres que podem ser evitados. Se estiverem dissociados da geração de mais divisas para a manutenção das regalias. Nossos sentidos um dia se cansam de aceitar que tudo serve de lição para a vida e que cabe só a eles encontrarem uma justificativa.

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