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17 de fevereiro de 2013

Ampulheta

Toda história é uma invenção. Feita com necessidades, expectativas e iniciativas que a conduzem a alguma direção. Toda história começa com algum tipo de identificação. Entre sentimentos, pensamentos, ideais e ações. Precisa desta sintonia para que seus personagens não fiquem no plano da imaginação. Toda história deixa várias recordações. De gostos, cheiros, sons. Pessoas, lugares e situações. E, por mais que a gente queira, todo esse conjunto não admite nenhuma espécie de transplantação. Toda história é única, mesmo que a sua trama e as emoções que ela desperta nos levem à mesma conclusão. Algumas histórias são claras; outras, não se revelam por antecipação. Umas são obscuras, repletas de segredos que nos põem de sobreaviso, nos enchem de apreensão. E a gente até arrisca algumas aproximações: será realmente preciso participar desta rede de intrigas para nos sentirmos como indivíduos unidos desta civilização? Será essa a nossa marca, a nossa contribuição, para adoçarmos e assim suportarmos nossa miserável condição? Somos todos cúmplices, estamos todos quites, por nos calarmos diante de tantas mentiras contadas com as mais sinceras expressões? Vive melhor quem mais alimenta as próprias ilusões?!

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