Ligo a T.V. e vejo as notícias selecionadas. Difícil não pensar nas intenções desse veículo abastecido com tanta desigualdade. Desse meio onde se propaga a cultura de viver sempre com alguma vantagem. Corrupção, olimpíadas, férias, o boom das cirurgias plásticas. Estupros, negligências médicas, golpes e mais golpes sobre os aposentados. As filas, os cursos no exterior, as fantásticas oportunidades. Todo o valor de um currículo que apresente o carimbo de uma boa fraternidade. Imagino a fina mordaça, a extensa carapaça desses indivíduos tão apegados ao medo de se verem sem respaldo. Oh, triste vida aprisionada! Desde o berço sua miséria começa a ser disfarçada. Oh, estupenda competitividade! Pais, mães, avós e criados pagando caro para que seus filhos colem os adesivos de vencedores nas janelas de suas casas e carros. Acostumados à picaretagem, não percebem que são eles mesmos que fecham as correntes e cadeados, acionam as cercas elétricas e os alarmes que – no discurso – alegam querer ver inutilizados. De público e com qualidade, senhores e senhoras respeitáveis, pouca coisa se enraizou de fato a não ser as promessas vazias de homens e mulheres ávidos por assegurarem seus status. Então, acho que já chega de gritar slogans ditados por aqueles que só pensam em suas carreiras e em seu prestígio por se infiltrarem nos lugares cotados como os mais politizados. Chega de certificados comprados e intermináveis listas de presença para atestarem nossa assiduidade. Se quisermos algo mais, devemos ir além de categorias e revoluções específicas ou por demais particulares. Podemos reinventar nossos jeitos de nos relacionarmos. Sem os embaraços dessa globalização da desonestidade.
ei ''Anti'' ou apocaliptico com preferir...gostei do blog le alguns textos curti apenas uma passada rapida.Mas curti.....
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