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2 de abril de 2025

Emoção instrumental

Visão estática. Novidade perene. Ilusão de autossuficiência. Sempre, sempre em frente, mesmo doente, para não lembrar da morte, do polo oposto, daquele complemento que não se coaduna com a eficiência. A verdade do eu não quer que se aceite. A realidade. Dos intermédios. Na passagem do tempo. Quais pessoas honram seu envelhecimento? Quem consegue apreciar os encontros consigo mesmo? Você é capaz de aceitar uma surpresa? Deixar a paixão pelo controle de lado e amar realmente? Botox preventivo como se fosse algum tratamento de saúde premente. Pois acordaram que esse tipo imitativo de corpo, de cultura, de estética – nem vou falar em alma ou em arte, porque se negam a refletir sobre a transcendência – é o reflexo do que há de melhor, o padrão coletivo e neurotizado que repetem tal como Eco. Frases como: “amor de pet cura tudo” são significativas de como está a urgência. Pelo equilíbrio entre os elementos de qualquer natureza. Como humanos, desclassificamos os humanos, transferindo aos outros animais a responsabilidade pela significação de nós mesmos?! Quando sentem a necessidade intrínseca de vínculos estabelecerem, assumem as couraças de pares, querem-se parceiros, sem compromisso algum, apenas mais uma mania passageira, pois os modismos, sempre tão mágicos e pseudo identitários, materializam-se como os seus guias mais eminentes.

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