Eu também já me arrependi amargamente, meu amor. Quando desconsiderei os sinais, persistindo em algo que, desde o começo, trouxe tamanho dissabor. Desconectado de meus valores, não reconhecia minha bússola interior. Hoje, vejo que alguns desafios sequer deveriam ser aceitos, pois não passam de mais um jogo de quem só quer manipular criando a própria competição. Transformando todos, inclusive a si mesmos, em prêmios de consolação. Quando assumi minha responsabilidade, troquei autocrítica destrutiva por autocorreção. O fato é que o corpo se expressa muito antes do pensamento ser elaborado e estar à nossa disposição. Sentindo o esgotamento, a energia que não se renova, a paz que só lhe drenam em toda e qualquer ocasião. Percebendo os padrões, a escassez de autenticidade de quem tudo quer, mas não se dispõe a uma mínima ação. Essa intuição, desde então, é o meu mais confiável sensor. Abandonei o viés do retrovisor, em que arrependimentos são tomados como castigos e, desse modo, não são transformados em autoconhecimento – ressignificando o que foi feito e sabendo que aquele comportamento foi o que eu consegui de melhor. Corpo e mente, com autocuidado, vão estreitando as relações.
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