Como
um antílope. Ele corre. Por um cenário que vai se construindo. Onde
luas e estrelas sussurram e continuam influindo. Olha para trás e
visualiza uma savana. Vira-se para frente e encontra um deserto
repleto de miragens. Querelas de um mundo de imagens refletidas.
Clima, flora e fauna intercalando-se. Numa madrugada fria. Revira-se
como quem é surpreendido. Por um sonho que precisa ser vivido. Para
prosseguir desperto. Movimentava-se. Agindo e reagindo. Como fagulha.
Não prescinde da matéria para continuar propagando-se até atingir
o seu clímax. Sobrevoa. Rasteja. Como quem sente. A fusão dos
espaços. Com a distopia dos tempos vividos e revividos. Depara-se
com sons. Palavras. Quadrinhos. Poemas. Acordes estridentes.
Perseguindo-o. Com fúria. Urgência de afetá-lo em cada partícula.
Na procura por desvendar. Cria e recria. Tentativas para localizar os
rastros. Dos predadores. Que o espreitam. Das frestas de um desejo.
Que se metamorfoseia em vontade de ser repercutida. Assim, ele apura
o olfato. Altera as perspectivas. Toca algumas superfícies. Para
reconhecer o que o aflige. Acolhe. E talvez o abrigue.
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