“(…)
A pessoa gasta muito da própria energia ao tentar ser igual a todo
mundo.”
“(…)
Tanto sofrimento por estar, às vezes sem saber, à cata de prazeres…
Não, antes o sofrimento legítimo que o prazer forçado.”
“(…)
O que é que uma pessoa diz à outra? Fora ‘como vai?’ Se desse a
loucura da franqueza, que diriam as pessoas às outras?”
“(…)
Eu só sei em todas as circunstâncias ser íntima: por isso sou mais
uma calada.”
“(…)
Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um
dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”
“(…)
Peço a homens e mulheres que me considerem um ser humano digno de
algum amor e de algum respeito. Peço a benção da vida.”
“… Amor
será dar de presente um ao outro a própria solidão? Pois é a
coisa mais última que se pode dar de si.”
“(…)
Ele era tão inútil. E queria me inutilizar também. Eu nunca
deixo.”
“Todos
aqueles que fizeram grandes coisas, fizeram-nas para sair de uma
dificuldade, de um beco sem saída.”
“(…)
O presente é a presença de uma para a outra.”
“(…)
Por pura sede de vida melhor estamos sempre à espera do
extraordinário que talvez nos salve de uma vida contida.”
“(…)
Um animal jamais substitui uma coisa por outra, jamais sublima como
nós somos forçados a fazer.”
“(…)
Eu não humanizo os bichos, acho que é uma ofensa – há que
respeitar-lhes a natura – eu é que me animalizo.”
“Escrever
é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é
sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e
sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi
abençoada.”
“Não
tem pessoas que cosem para fora? Eu coso para dentro.”
“Eu
nunca pretendi assumir atitude de super intelectual. Eu nunca
pretendi assumir atitude nenhuma. Levo uma vida corriqueira. Crio
meus filhos. Cuido da casa. Gosto de ver meus amigos. O resto é
mito.”
“Tenho
várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou o quê?
Um quase tudo.”
“Escolher
a própria máscara é o primeiro gesto voluntário humano. E
solitário.”