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uma porção de coisas que não sabe se algum dia já precisou ou se
ainda vai vir a precisar. É engraçado, pois às vezes tem de
retirá-las para entrar em certos lugares e você não imagina
quantas são as expressões que ele é capaz de observar! Pelo que
pude perceber, as que ele mais gosta são aquelas que se mostram após
a espera ansiosa por cada objeto que vai surgindo como se isso desse
aos curiosos mais certeza sobre o seu estado mental. Acho que é
graças a elas que ele insiste em continuar a coletá-las. Talvez
seja este o prazer que o leva a não as abandonar. É, talvez, mas,
nesse caso, não é tão acertado afirmar. O fato é que cada uma
delas têm um valor que só ele foi capaz de dar. Estranho que as
pessoas não entendam e pensem que o estão ajudando ao lhe mostrar
que tudo não passa de mais um jogo de sua imaginação que age assim
porque também precisa de mais espaço para se exercitar. Como se não
tivesse sido ele mesmo o responsável por cortar os bolsos de suas
calças! Para que essas coisas não o incomodem demais. E ele possa,
afinal, caminhar mais leve. Por outros caminhos. Onde elas acabam
sempre por lhe encontrar.
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