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28 de novembro de 2015

Magaiver

      Carrega uma porção de coisas que não sabe se algum dia já precisou ou se ainda vai vir a precisar. É engraçado, pois às vezes tem de retirá-las para entrar em certos lugares e você não imagina quantas são as expressões que ele é capaz de observar! Pelo que pude perceber, as que ele mais gosta são aquelas que se mostram após a espera ansiosa por cada objeto que vai surgindo como se isso desse aos curiosos mais certeza sobre o seu estado mental. Acho que é graças a elas que ele insiste em continuar a coletá-las. Talvez seja este o prazer que o leva a não as abandonar. É, talvez, mas, nesse caso, não é tão acertado afirmar. O fato é que cada uma delas têm um valor que só ele foi capaz de dar. Estranho que as pessoas não entendam e pensem que o estão ajudando ao lhe mostrar que tudo não passa de mais um jogo de sua imaginação que age assim porque também precisa de mais espaço para se exercitar. Como se não tivesse sido ele mesmo o responsável por cortar os bolsos de suas calças! Para que essas coisas não o incomodem demais. E ele possa, afinal, caminhar mais leve. Por outros caminhos. Onde elas acabam sempre por lhe encontrar.

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