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27 de abril de 2014

Coriza

Às vezes precisamos nos preocupar
Lenços e remédios não são capazes de ajudar
Às vezes não conseguimos nos lembrar
Cicatrizes turvam nossos jeitos de estar

Sentir e pensar
Como um verdadeiro par
Mesmo que insistamos em nos desculpar
O corpo todo reage
Basta ser vivo para constatar
Então, qual a razão de tanto separar?
Qual o sentido para continuar a agonizar?

Às vezes não podemos simplesmente escapar
Nossos ossos esperam saber quais as chances de voltarem a se calcificar
Às vezes nossas faces insistem em ruborizar
Mostrando o que está junto de todo aquele linguajar

Sorrir e chorar
Muito importa a forma
Quando fazemos questão de demonstrar
O corpo todo teme, treme, trama
Transforma-se como um fóssil de anos e anos atrás
Então, qual são as perspectivas?
Haverá surpresa se nossa espécie não conseguir mais se adaptar?

Às vezes a coriza vem para indicar
Que nem tudo está tão bem como se costuma perguntar
Às vezes são eles, os nossos narizes,
Os canais por onde acessamos o que nosso ambiente está a declarar

Sangrar e estancar
Viver ou apenas levar?
Precisamos de tantas coisas para nos felicitar,
Ou será que exageramos nos meios e nos fins de nos afirmar?
Faça um exame e saberá:
Quanto de vida gastamos para mais insatisfeitos ficar?
Têm mais saúde aqueles que usufruem de um plano de saúde particular?

Um comentário:

  1. oi o que aconteceu cara perdeu a inspiração,estou esperando faz tempo que não escreve...volte logo ta...

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