Às
vezes precisamos nos preocupar
Lenços
e remédios não são capazes de ajudar
Às
vezes não conseguimos nos lembrar
Cicatrizes
turvam nossos jeitos de estar
Sentir
e pensar
Como
um verdadeiro par
Mesmo
que insistamos em nos desculpar
O
corpo todo reage
Basta
ser vivo para constatar
Então,
qual a razão de tanto separar?
Qual
o sentido para continuar a agonizar?
Às
vezes não podemos simplesmente escapar
Nossos
ossos esperam saber quais as chances de voltarem a se calcificar
Às
vezes nossas faces insistem em ruborizar
Mostrando
o que está junto de todo aquele linguajar
Sorrir
e chorar
Muito
importa a forma
Quando
fazemos questão de demonstrar
O
corpo todo teme, treme, trama
Transforma-se
como um fóssil de anos e anos atrás
Então,
qual são as perspectivas?
Haverá
surpresa se nossa espécie não conseguir mais se adaptar?
Às
vezes a coriza vem para indicar
Que
nem tudo está tão bem como se costuma perguntar
Às
vezes são eles, os nossos narizes,
Os
canais por onde acessamos o que nosso ambiente está a declarar
Sangrar
e estancar
Viver
ou apenas levar?
Precisamos
de tantas coisas para nos felicitar,
Ou
será que exageramos nos meios e nos fins de nos afirmar?
Faça
um exame e saberá:
Quanto
de vida gastamos para mais insatisfeitos ficar?
Têm
mais saúde aqueles que usufruem de um plano de saúde particular?