A gente escreve sobre o que acha
que pensa. Acredita que sabe. Tentando mais entender do que mostrar. A gente
escreve sobre aquilo que está dentro. E que é visto com surpresa quando o
reparamos lá fora. A gente escreve com o que é. Imaginando como gostaria que
fosse. A gente mente. Desaparece com todos os esboços. A gente escreve sempre
que precisa. Sem fórmulas. Apenas dançando os ritmos. Mesmo se o fizermos todos
os dias. A gente escreve para escapar. Frequentar o desconhecido. Voltar com
diferentes revisões. E talvez escolher o que tem para ser escolhido. A gente
escreve. A gente fala. Institucionaliza as relações. Delimita nossas
linguagens. A gente parece que quer mesmo se livrar do que não precisa ser
permitido. A gente escreve para retomar alguma canção. Assoviando a melodia até
que ela mesma a sua forma lhe sugira. A gente palpita. Exagera. Muda o
compasso. Maravilha-se. Quando partimos ou nos achegamos a uma elipse
esquecida. A gente apenas diz o que vê. Garimpando os nossos redemoinhos. Lavra
alguma impressão. A gente desenha. Pinta. Esculpe. Atua. Costura. Sequencia.
Erra. Acerta. Corrige. Dá movimento às notas que nos frequenciam. A gente
escreve e os significados extrapolam o que a gente imagina...
Thiago estou com saudades de ler Vc.pó Vc escreve muito bem.beijos
ResponderExcluirTu esta com saudades de dar um beijo nele também?
ResponderExcluirPois é meu queridoo!!Estamos aguardando!! Beijosss!!
ResponderExcluireu estou!
ResponderExcluirMuito bom Thiago!!
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