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12 de dezembro de 2012

Dignidades sem sustentação

As compensações
Não passam de outras atrações
Para iludirmos
Nossas compreensões
Incluindo
Nossas sensações
Nesse nicho
De pequenos e grandes caprichos
Enlevos para nosso orgulho ferido
Afirmando
Que somos os mais complexos
Entre todos os bichos
Os mais poderosos
Os mais entendidos
Imprescindíveis
Para mantermos o equilíbrio
Sustentando o compromisso
De incorporarmos nosso cinismo
De todos os nossos segredos
Nossa antinaturalidade
Nossas evasivas
Às características do presente
Que agora construímos
E que quase nos torna seres melhores
Não fossem os vazios
Dos serviços que nos servem
Com todos os carimbos
Que nossas vaidades
Necessitam
Para se sentirem dignas
De tantas investidas
Que só querem
Esquecerem-se do que sabem
Perdido.

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