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21 de julho de 2011

Contrapartida

Tudo o que quero é ficar em paz. Com a minha memória. Poder contar. Tudo o que espero é me manter longe. Incapaz. De me associar aos fantasmas que podem me reforçar. Sem estrutura para me inflar. Sem segurança. Sem propriedades. Sem seguros para pagar. Só. Junto de alguém. Que saiba e sinta que ainda existem motivos para confiar. Tudo o que quero é viver. Fazer o que gosto de fazer. Brincar com as crianças que sempre me ajudam a ser o que quero ser. Distante dos assuntos da moda. Alheio aos conselhos das mídias. Sem ser turista. Sem querer. Ou ter planos que não nos permitem ver. O que motiva toda essa corrida pelo saber. Quais razões nos levam a crer? Aceitar? Reconhecer? Quais sentimentos nos fazem corresponder? Desprezar? Retroceder? Tudo o que quero é não participar. Responder. A essa farsa educacional. Incentivada pela compra e pela venda dos diplomas. Presentes para as nossas carências e dependências que o seu orgulho não pode ver. Fora do jogo. Como uma parte. Como um todo. Sem medo. De destruir. De construir. Retribuir. A ingratidão. E todas as mentiras. Que você consegue sustentar tão bem. Tudo o que pretendo é protestar. Aprender e ensinar. A auto-educar. Conhecer e mostrar o que estas instituições não intencionam debater. A anarquia que a marcha dos sedados insiste em sabotar. Sob os seus mistérios. Escolhem esconder. Embaixo de seus tapetes. Dentro de seus seres. Não conseguem encontrar.

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