O ser de mil amores não sabe amar. Tanto fez.
Tanto faz. Para atrair. Agradar e se recompensar. Que se identificou
como um ser de nenhum lugar. Não há casa para voltar. Relação duradoura, só contingência para lidar. Compulsão por
perverter o prazer e o quantificar. Indisponível
por tanto projetar. Não
sabe de onde vem. Não
sabe para onde vai. Não passa de mais um turista subjugado pela impulsividade no hipermercado cultural.
Não sabe o que fazer. Não está em paz com seu núcleo familiar.
Neurose complementar. Sabe muito bem fugir. Fingir. Trabalha para se
dopar. Compara-se sem dosar e, comparado, se produz para performar.
Ajusta os holofotes para a sombra não chegar à luz e atrapalhar a
persona de brilhar. Aceita qualquer coisa. Expõe-se como coisa. Reage como se estivessem a enxergar. A dor que não para de gritar.
19 de maio de 2025
Caricatural
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