desfrutar
da solidão necessária
sentindo
seu cheiro que vem do quarto ao lado
lendo,
escrevendo, compondo
fazendo
ou não fazendo nada
desfrutando
também da sua busca pelo paradoxo
entre
autonomia e coexistência
interdependência
individualizada
vivendo
a vida há muito desejada
trocando
compartilhando
o que guardávamos
porque
faltava a confiança
a
oposição destemida
destreinada
com
quem descer novamente às galerias inexploradas
subir
às alturas inimagináveis
ficar
integrado à terra
fugindo
da cumplicidade
do
medo da morte, da vida
da
obsessão pela comparação
da
escravidão por um afeto deveras utilitário
que
conduz tantas pessoas vitimizadas
pois
não travaram a principal luta a ser travada
saber-se
só
em
meio a uma multidão de sugestões convencionalizadas.
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