Trapézios
vêm
Sem
trapezistas
Dando
piruetas utilizando a cama
elástica
Nas
arquibancadas
Nenhuma
sobrancelha arqueada
Nenhuma
pessoa feliz ou desapontada
Sequer
os milhos de pipoca não estourados
Não
há mais mágicas
Nem
palhaçadas
Apenas
um globo da morte reluzindo
E
a serragem espalhada
Forrando
o chão
Cobrindo
todo o picadeiro
Sendo
constantemente renovada
Por
quem?! Em qual horário?!
Ninguém
vê nada
Ninguém
sabe de nada
O
circo que ali foi mantado, todos dizem,
Há
muito acabou abandonado
Próximo
ao centro
Numa
das ruas mais mal iluminadas da cidade
O
que espanta é que suas estacas estejam tão firmes
Que
a lona parece não ceder nem com a mais temível tempestade
Pelos
bairros
Nenhum
carro de som
Nenhum
anúncio nas fachadas
Corre
somente o boato
E
o medo de chegar mais perto
E
encontrar finalmente o responsável
Por
manter o espaço sempre pronto
Para
receber uma nova caravana que o leve junto
Para
qualquer lugar
Onde
ele possa continuar fazendo o seu trabalho
Recebendo,
inclusive, um bom salário
Sem
ter de ser confundido com um fantasma.
sementes inovadoras do caos
ResponderExcluirà William Blake; o poeta-pintor
regras próprias no esforço contínuo
não há morte onde perambulo
despertando o demônio interior
chamado de o Grande Dragão
Vermelho
asas que representam Juventude
Imaginação; voando dificuldades
criando beleza sorte com arte
não há fim
neste veículo
de insanidade
observem o dragão calado
rabo ocultado entre matas
olhos obscuros atrelados
à vontade individual
fogo negro ligeiro
saindo instantâneo
fôlego gigantesco
eu sou a criatura babélica
humanos aguardem-me chegar
trazendo o Novo desvalorizado
01/04/2016