E
reconquistarmos o que antes fora coletivo?
Quantas
razões nós temos para frequentar uma escola desse tipo?
Se
quase tudo não passa de obrigações e esnobismos
Se
somente nos reconhecem como indivíduos
Capazes
de produzir e consumir sem refletirmos
Relegando
nossa humanidade em nome dessa pseudo justiça
Quantos
valores nós conseguimos admitir?
Se
imaginássemos além das nuvens
Se
procurássemos por outras fontes
Seria
mais fácil encontrar o que nos é recíproco
Se
não nos trancássemos nesta redoma de certezas
Talvez
os fatos nos surpreenderiam
Faríamos
outras representações sobre o convívio
A
nossa prática, então, poderia ser bem mais construtiva
Ao
invés de redundar nesta empreitada tão infrutífera
Conteúdos
para passar num vestibular
Como
se uma profissão fosse tudo do que a gente mais precise
Como
se essa escravidão voluntária fosse a nossa melhor garantia
Disciplinas
que tão pouco prezam pela redescoberta dos sentidos
Dedicam-se
a reproduzir os seus misticismos
Transformando
potenciais em recipientes de informações
Desprezados
por medo de alterarem o estabelecido
Conservando
o que muitos já reconhecem como substituível
Disfarçando
a realidade
Para
garantir um status de superioridade às autoridades
Porque
os educandos(as) desconhecem o conteúdo das cartilhas que utilizam
Educação
para todos se comprimirem?!
Meritocracia
para justificar a ausência de alegria?!
Conhecimento
acumulado sem contextualização acaba engessado
Necessitado
de fisioterapia
Para
readaptar-se e continuar a movimentar-se
Como
o universo que segundo a segundo nos desafia
Incentivando-nos
a encará-lo sob outras perspectivas
Com
qual progresso estaremos comprometidos?
Quanto
vale uma boa posição
Nestes
lugares onde a vida passa assim tão despercebida?