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6 de julho de 2013

Lidando com o adverso

Se não me reconheço sequer em mim mesmo, como você quer que eu entenda e atenda aos outros e, ainda por cima, me sinta como parte da natureza?! Ora, fui criado e não sou eu quem projetou tudo o que temos desse jeito tão soberbo! Busco nas coisas aquilo de que não tenho. Brilho. Iniciativa. Independência. Apelo. À misericórdia dos santos, dos profetas, dos produtos, de quem quer que seja, para não sentir minha dor, não ter que me defrontar com meu próprio sofrimento. Para que ganhe ao menos um prêmio de consolação, uma grande significação para a minha existência. Autoconhecimento?! Minha autoilusão é o que me motiva desde muito cedo. Sucesso. Destaque. Requinte. Salvação a qualquer preço! Uma boa posição para continuar no caminho correto. É disso que eu preciso e é isso o que mais me interessa. Hoje, já não me desprezo. Ajoelho e rezo. Peço e recebo. Abençoado e fortalecido por meus próprios méritos. O que me valoriza é o que realmente tenho. Fé no dinheiro. Meu corpo, agora, é o meu passaporte de entrada para qualquer evento. Nada mais banal do que estas filosofias que procuram iludir nosso pensamento. Persistência?! Entrega?! Envolvimento?! Caráter?! Bom senso?! O que temos a ver com todos esses estranhos conceitos, se Aquele que sabe tudo nos deixou os melhores exemplos? Sigo à risca os seus mandamentos. Agradeço às propagandas por me servirem como referência. Fatos?! Evidências?! Esteja atento e saiba rebater e condenar todos estes seres enfermos. Eles querem que você acredite nestas coisas, porque assim conseguem mantê-lo sob o seu cabresto. Em dúvida. Sem perspectiva para o seu eterno sossego. Onde já se viu contestar o Supremo! Talvez seja mesmo o fim dos Tempos! Jesus voltará e só livrará os que tiverem conseguido esconder o Mal de si mesmos!

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