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Hipermundos
Cada humano é um universo. Um diamante lapidado. Concorrente. Dependente dos sucedâneos para a vida coletiva que acabou descartada. Alguém que deixou de ser alguém. Que vale só pelo que tem. E não pelo que, para a esfera pública, faz. Como bem atestam as empresas que negociam nossos dados. Hiperinteligente. Se autoexplora e se vangloria por não possuir dignidade. Goza com o poder e gratifica-se com o prazer de se degradar como sugestiona a cartilha que coaduna autoestima com autodestruição quantificável. Mais uma série de cortes das navalhas. Para sentir algo. Algo que o distraia de si mesmo. Hipervaidade. Cada hiperser internamente esgotado precisa de um hipermundo infindável. Instabilizado. Controlado pela hiperliberdade de ter de lidar com cada vez mais novos hiperprodutos que acalentam, suprem e o tornam motivado. Estímulos intermitentes. Espíritos hiperindependentes. Desejos e necessidades. Previsíveis maquinários. Projetados como robôs. Fetiches marombados & uniformizados. Escudos diante da mortalidade. Hipercorpos expostos nas hipervitrines como obras de arte. Performando sucesso e eficiência para atrair outros hipercorpos consumíveis com raspas de amabilidade. Compartilhando pela rede suas experiências fabricadas. Para que haja uma hipersociedade que exale comodidade, conectividade, afetos numéricos, confiança mútua e hospitalidade.