Não
esperavam o gelo derreter
Para
se moverem
E
então escorrerem até onde pudessem trabalhar
Atacando
a natureza como se disso dependessem tanto quanto do ar
Não
esperavam o vendaval passar
Insistiam
em continuar
Prendendo
o cavalete em estacas
Subindo
em árvores para pintar
Van
Gogh e tantos outros e outras
Que
também escolheram pela arte viver
Sem,
no entanto, terem com o que se manter
Ou
uma pousada que não fosse os despejar
Acreditavam
que poderiam deixar ao menos esboços
Que
as futuras gerações saberiam melhor aproveitar
Questionavam
o que acabavam de criar
Constantemente
sentindo que haveriam de se superar
Tentando
encontrar
Um
meio de chegar às cores
Que
aos desenhos conseguissem acrescentar
Escrevendo
em guardanapos, colhendo as paisagens da noite em um bar
Expressando
o que a junção do coração e da mente
Persistia
em os inspirar
Registrando
suas impressões
Mesmo
quando os corvos de dentro, as suas plantações, destruíam sem
parar.